Memórias Póstumas
de Brás Cubas

“A crônica pessimista de Machado é universal:

aponta para a humanidade e não apenas para os brasileiros. Universal é o que vale em
qualquer época ou em qualquer lugar. Universal é uma forma reconhecida como humana,
antes de ser reconhecida como nacional (…) Machado concebeu um Brás Cubas que contaria
a sua vida depois de ter morrido, e que, em estando morto, não estaria em lugar nenhum.”

– Antonio Medina Rodrigues

“O

           bra de finado. Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia (…) a obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.– Machado de Assis.

– Machado de Assis.

Por amarmos
Machado de Assis,

optamos por iniciar os trabalhos da Companhia Letras em Cena com a adaptação de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Sendo leitura obrigatória nas escolas e, nem sempre, estudado com prazer, Machado tem sido injustamente considerado chato e ultrapassado por jovens e adolescentes que não conseguem descobrir o seu humor, a sua ironia e a modernidade dos temas e recursos com que trabalhou no século XIX. A peça deveria servir para estimular a leitura da obra, e não para substitui-la.

Paulo Wolff e Sérgio Carrera 

Ficamos encantados com uma
adaptação do romance feita por
Zaira Barbosa Alves e Linei Hirsch

que acabou assinando a direção da montagem. Zaira e Linei
chamavam o seu trabalho de transcriação e, entendendo o termo,
concordamos plenamente com elas.

Usado no campo das atividades de tradução, transcriação é um  termo
cunhado por Haroldo de Campos para indicar um processo que vai além
da mera conversão de códigos de línguas diferentes, constituindo-se em
um trabalho de recriação que abarca a materialidade visual, sonora e linguística
dos textos de origem, tornando-os presentes na língua de chegada.

No caso de MEMÓRIAS
PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
,

as autoras partiram do romance para chegar a uma
obra dramatúrgica que recriou cenicamente o estilo
e os recursos poéticos de Machado de Assis. Brás Cubas conversava com o público, compartilhando o seu humor
e a sua fina ironia, intervenções musicais e números de plateia reafirmavam o caráter dialógico da encenação e uma série de personagens bem delineados compunham uma possibilidade de reflexão sobre o caráter brasileiro.

Com esta peça, também iniciamos uma prática comum no nosso grupo: a realização de bate-papos com convidados e o público, após as sessões das peças. Estiveram conosco nesta primeira peça: José Miguel Wisnik, Antonio Medina Rodrigues, Clóvis Garcia, Plínio Marcos, Paulo Sérgio Silva, István Jancsó, Aimar Labaki, Agnaldo José Gonçalves, Francisco Platão Savioli, Valéria di Pietro, Ivan Teixeira, José Eduardo Vendramini e Fernando Peixoto. A peça foi viabilizada com recursos do projeto EM CENA BRASIL, do Ministério da Cultura.

Ficha técnica

Texto Original: Machado de Assis
Texto Dramático: Zaira Barbosa Alves e Linei Hirsch
Direção e Iluminação: Linei Hirsch
Assistência de Direção: Flávia Garrafa
Cenografia, adereços e programação visual: Carlos Colabone
Figurinos: Carlos Colabone e Linei Hirsch
Criação musical e trilha : Bethy Blush
Coreografias e preparação corporal: Rebecca Campos, Flávia Garrafa e Luiz a. Kulay
Técnicos: Ronald Brumel, Rodrigo Rampazi, Jackson Kloch, Maurício de Almeida Junior e Joaz Ferreira.
Administração: Tita Rebuá, Sonia Botture, Jair Aguiar e Roberto Mars Junior
Elenco: Paulo Wolff, Graça Berman, Beto Amorim, Suia Legaspe, Claudia Carli e Sergio Carrera
Atores que também fizeram a peça: Ana Arcuri, Antonio Netto, Celso Batista, Eleonora Prado e Leonardo Camillo
Fotos: Alexandre Diniz
Temporadas: de 26/08/1996 a 11/11/1998, em dias variados, no Teatro Itália.
Público/Sessões: 11.129 pessoas em 79 sessões.
Coordenação da Cia. Letras em Cena: Graça Berman e Suia Legaspe
In Memoriam: Paulo Wolff, Celso Batista, Antonio Netto, Jair Aguiar, Carlos Colabone e Roberto Mars Junior

Paulo Wolff e Suia Legaspe

Paulo Wolff e Celso Batista

ALGUMAS CENAS DA PEÇA

Memórias Póstumas
de Brás Cubas

“A crônica pessimista de Machado é universal:

aponta para a humanidade e não apenas para os brasileiros. Universal é o que vale em
qualquer época ou em qualquer lugar. Universal é uma forma reconhecida como humana,
antes de ser reconhecida como nacional (…) Machado concebeu um Brás Cubas que contaria
a sua vida depois de ter morrido, e que, em estando morto, não estaria em lugar nenhum.”

– Antonio Medina Rodrigues

“O

           bra de finado. Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia (…) a obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.– Machado de Assis.

– Machado de Assis.

Por amarmos
Machado de Assis,

optamos por iniciar os trabalhos da Companhia Letras em Cena com a adaptação de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Sendo leitura obrigatória nas escolas e, nem sempre, estudado com prazer, Machado tem sido injustamente considerado chato e ultrapassado por jovens e adolescentes que não conseguem descobrir o seu humor, a sua ironia e a modernidade dos temas e recursos com que trabalhou no século XIX. A peça deveria servir para estimular a leitura da obra, e não para substitui-la.

Paulo Wolff e Sérgio Carrera 

Ficamos encantados com uma adaptação do romance feita por Zaira Barbosa Alves e Linei Hirsch

que acabou assinando a direção da montagem. Zaira e Linei chamavam o seu trabalho de transcriação e, entendendo o termo, concordamos plenamente com elas.

Usado no campo das atividades de tradução, transcriação é um  termo cunhado por Haroldo de Campos para indicar um processo que vai além da mera conversão de códigos de línguas diferentes, constituindo-se em um trabalho de recriação que abarca a materialidade visual, sonora e linguística dos textos de origem, tornando-os presentes na língua de chegada.

No caso de MEMÓRIAS
PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
,

as autoras partiram do romance para chegar a uma obra dramatúrgica que recriou cenicamente o estilo e os recursos poéticos de Machado de Assis. Brás Cubas conversava com o público, compartilhando o seu humor e a sua fina ironia, intervenções musicais e números de plateia reafirmavam o caráter dialógico da encenação e uma série de personagens bem delineados compunham uma possibilidade de reflexão sobre o caráter brasileiro.

Com esta peça, também iniciamos uma prática comum no nosso grupo: a realização de bate-papos com convidados e o público, após as sessões das peças. Estiveram conosco nesta primeira peça: José Miguel Wisnik, Antonio Medina Rodrigues, Clóvis Garcia, Plínio Marcos, Paulo Sérgio Silva, István Jancsó, Aimar Labaki, Agnaldo José Gonçalves, Francisco Platão Savioli, Valéria di Pietro, Ivan Teixeira, José Eduardo Vendramini e Fernando Peixoto. A peça foi viabilizada com recursos do projeto EM CENA BRASIL, do Ministério da Cultura.

Ficha técnica

Texto Original: Machado de Assis
Texto Dramático: Zaira Barbosa Alves e Linei Hirsch
Direção e Iluminação: Linei Hirsch
Assistência de Direção: Flávia Garrafa
Cenografia, adereços e programação visual: Carlos Colabone
Figurinos: Carlos Colabone e Linei Hirsch
Criação musical e trilha : Bethy Blush
Coreografias e preparação corporal: Rebecca Campos, Flávia Garrafa e Luiz a. Kulay
Técnicos: Ronald Brumel, Rodrigo Rampazi, Jackson Kloch, Maurício de Almeida Junior e Joaz Ferreira.
Administração: Tita Rebuá, Sonia Botture, Jair Aguiar e Roberto Mars Junior
Elenco: Paulo Wolff, Graça Berman, Beto Amorim, Suia Legaspe, Claudia Carli e Sergio Carrera
Atores que também fizeram a peça: Ana Arcuri, Antonio Netto, Celso Batista, Eleonora Prado e Leonardo Camillo
Fotos: Alexandre Diniz
Temporadas: de 26/08/1996 a 11/11/1998, em dias variados, no Teatro Itália.
Público/Sessões: 11.129 pessoas em 79 sessões.
Coordenação da Cia. Letras em Cena: Graça Berman e Suia Legaspe
In Memoriam: Paulo Wolff, Celso Batista, Antonio Netto, Jair Aguiar, Carlos Colabone e Roberto Mars Junior

Paulo Wolff e Suia Legaspe

Paulo Wolff e Celso Batista

ALGUMAS CENAS DA PEÇA